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Adolescente que matou a família em Itaperuna teria recebido sugestão da namorada virtual para comer as vítimas

Informação exclusiva apurada pelo Guia do Estado revela que, entre as mensagens trocadas pelo adolescente de 14 anos, suspeito de matar os pais e o irmão de 3 anos em Comendador Venâncio, distrito de Itaperuna, e a jovem com quem ele mantinha um relacionamento virtual, há uma sugestão de teor extremo: a adolescente teria insinuado que ele comesse parte das vítimas após o crime. A frase levanta suspeitas de incitação a um ato de natureza canibal.

Segundo a Polícia Civil, os dois mantinham contato pela internet há cerca de seis anos, mesmo vivendo a mais de 1.700 quilômetros de distância, ele no interior do Rio de Janeiro, e ela no município de Água Boa, no Mato Grosso.

A jovem foi ouvida na última quinta-feira (26) pela Delegacia de Polícia Civil de Água Boa, acompanhada apenas pela mãe. Já na tarde desta segunda-feira (30), ela foi apreendida em casa por força de mandado judicial e ficará à disposição da Vara da Infância e Juventude do Mato Grosso, que deverá decidir sobre sua internação.

O conteúdo do depoimento e outros elementos foram enviados à 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna, onde o inquérito principal está em andamento. Por se tratar de um caso que envolve menores, e para preservar o andamento das investigações, a Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não divulga detalhes das conversas.

Relembre o caso

O crime aconteceu na madrugada de sábado (22), quando o adolescente teria matado os pais e o irmão enquanto dormiam. Em seguida, usou alvejante para limpar o chão da casa, arrastou os corpos até os fundos da residência e os ocultou em uma cisterna.

As vítimas foram identificadas como Inaila Teixeira, Antônio Carlos Teixeira e o filho mais novo do casal, Antônio Filho, que completaria quatro anos em julho.

A Justiça determinou a internação provisória do adolescente, que já foi transferido para o Centro de Socioeducação (Cense), em São Fidélis (RJ). Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o tempo máximo de internação para menores infratores é de três anos.

O Guia do Estado segue acompanhando todos os desdobramentos do caso.

Por Gabriel Clalp

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