Lula assina decreto que desapropria área para quilombo São Benedito, em São Fidélis
Após mais de um século de luta e resistência, a comunidade quilombola de São Benedito, em São Fidélis, vivenciou um marco histórico!
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no encerramento do mês em que é celebrado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, um conjunto de políticas voltadas para a população negra do país. Entre elas, 15 Decretos de Declaração de Interesse Social para Quilombos – para fins de desapropriação de terrenos para diversas áreas.
Com a assinatura dos decretos, serão beneficiados 15 territórios quilombolas, 1.123 famílias e aproximadamente quatro mil pessoas quilombolas, em oito estados. A titulação desses Territórios Quilombolas é o primeiro passo para garantir autonomia e proteção das comunidades, promovendo a preservação de suas tradições culturais.
Entre as áreas beneficiadas está a comunidade quilombola São Benedito, em São Fidélis, com cerca de 60 famílias. O ato simboliza a reparação de uma dívida histórica com os povos quilombolas e representa um passo importante na luta por justiça, igualdade e dignidade. A conquista, fruto de anos de mobilização e enfrentamento, foi celebrada com emoção pela comunidade e seus líderes.
Frank Antônio Felles da Silva, conhecido como Frank Quilombola, presidente da associação local e uma das principais lideranças na luta pelo reconhecimento das terras em São Fidélis, descreveu o momento como um dia de profunda emoção. “Foi um choro de alegria, um choro que lavou a alma por todos os anos de luta, por todas as nossas dificuldades que enfrentamos. Por muitas vezes, pessoas duvidaram, também nos debocharam, também fomos ameaçados. Foram muitas lutas, mas a justiça foi feita, tanto a justiça de Deus como a justiça dos homens. A nossa comunidade foi oficialmente e de uma vez por todas declarada reconhecida, e o decreto foi assinado pelo presidente da República”, declarou Frank.
A luta da comunidade quilombola de São Benedito não foi fácil. Ao longo das décadas, seus membros relatam ter enfrentado humilhações, descrenças e a negação de seus direitos fundamentais. No entanto, a força e a fé que mantiveram viva a esperança resultaram na vitória que agora é celebrada.
Fonte: SFn.
Compartilhe este conteúdo:
Publicar comentário