Justiça decidirá se adolescente suspeito de matar os pais e o irmão será internado
O futuro do adolescente de 14 anos que foi apreendido após confessar ter matado os próprios pais e o irmão, de apenas 3 anos, no distrito de Comendador Venâncio, em Itaperuna, será decidido pela Justiça. A reportagem do Guia do Estado apurou que o menor foi apresentado por videoconferência ao Ministério Público nesta quinta-feira (26), às 11h.
O Ministério Público já se manifestou favoravelmente à internação do adolescente. Agora, a Vara da Infância e Juventude analisa o pedido. Enquanto a decisão não é tomada, o menor permanece custodiado na 143ª Delegacia de Polícia, em Itaperuna.
Caso a Justiça acate o pedido, o adolescente deverá ser encaminhado para uma unidade do DEGASE (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), responsável por acolher menores infratores no estado do Rio de Janeiro.
Após a apresentação, caberá ao MP e ao Judiciário definir a medida socioeducativa a ser aplicada. Por ser menor de idade, o adolescente não pode ser preso. Segundo o artigo 121, §3º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o tempo máximo de internação para adolescentes que cometem atos infracionais é de três anos — “em nenhuma hipótese” esse período pode ser excedido.
Suposta influência virtual
Também nesta quinta-feira (26), a adolescente com quem o investigado mantinha contato pela internet foi ouvida pela Polícia Civil de Água Boa, no estado do Mato Grosso, onde reside. O depoimento foi acompanhado apenas pela mãe da jovem.
A Polícia Civil de Itaperuna aguarda o envio da documentação oficial para anexá-la ao inquérito e analisar a eventual participação da jovem na empreitada criminosa. Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, os autos ainda serão avaliados para decidir se há indícios suficientes de envolvimento.
Relembre o caso
O crime ocorreu na madrugada de sábado (22), quando o adolescente teria matado os pais e o irmão enquanto dormiam. Após o crime, ele arrastou os corpos até os fundos da casa, utilizando alvejante para facilitar o deslizamento, e os ocultou em uma cisterna.
As vítimas foram identificadas como Inaila Teixeira, Antônio Carlos Teixeira e o filho mais novo do casal, Antônio Filho, que completaria quatro anos em julho.
O caso segue sendo investigado pelos delegados Carlos Augusto Guimarães (titular) e Gabriel Ramos (adjunto), da 143ª DP de Itaperuna.
Por Gabriel Clalp.
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