Ficha Limpa: veja como votaram os senadores do Rio em mudança polêmica
A votação que mudou a Lei da Ficha Limpa terminou com 50 votos a favor e 24 contra no Senado, e agora o projeto segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os senadores do Rio de Janeiro, não houve divisão: os três representantes do estado — Flávio Bolsonaro (PL), Romário (PL) e Carlos Portinho (PL) — votaram a favor da proposta.
Com isso, a bancada fluminense se somou à maioria que aprovou a flexibilização. A medida altera o início da contagem do prazo de inelegibilidade de políticos cassados: em vez de começar após o fim do mandato, o período de oito anos passa a contar a partir da cassação. A mudança beneficia parlamentares, governadores, prefeitos, vices e vereadores.
O que muda na prática
Na prática, a aprovação encurta o tempo em que políticos cassados ficarão afastados das urnas. Para casos de crimes graves, como hediondos, lavagem de dinheiro ou participação em organizações criminosas, nada muda: a inelegibilidade continua valendo desde a condenação até oito anos após o cumprimento da pena.
Efeito para Bolsonaro
A nova regra não altera a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível até 2030 por abuso de poder político. O projeto aprovado não alcança esse tipo de condenação. Além disso, Bolsonaro será julgado em setembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, processo que pode gerar uma segunda inelegibilidade.
Próximos passos
O texto segue agora para análise do presidente Lula, que pode sancionar ou vetar o projeto. A decisão terá impacto direto sobre dezenas de políticos em situação de cassação em todo o país. No Rio, os três senadores assumiram o risco político de se posicionar a favor da flexibilização, um movimento que deve gerar repercussão junto ao eleitorado fluminense.
Fonte: Agenda do Poder
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