Dia do Portador da Doença de Parkinson: a importância do diagnóstico precoce
A Doença de Parkinson é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, atrás apenas do Alzheimer. Para a coordenadora técnica do Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson (CDAP), médica geriatra Deborah Casarsa, neste Dia Nacional do Portador da Doença de Parkinson, celebrado nesta sexta-feira, 4 de abril, disseminar informações para que as pessoas procurem o serviço para um diagnóstico precoce e melhor tratamento da enfermidade, são cruciais. Em Campos, atualmente, 890 pacientes são cadastrados com a doença no programa.
A especialista explica que a patologia é uma condição que afeta a motricidade, caracterizada principalmente pela bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez muscular e dificuldades de estabilidade postural, o que aumenta o risco de quedas. Embora o tremor de repouso seja um sintoma conhecido, a bradicinesia é considerada o mais importante. Além desses sintomas, os pacientes podem apresentar problemas não motores, como depressão; constipação; sonhos vívidos; apatia de face e tendência a engasgos em estágios moderados a avançados da doença.
“O tratamento emocional para pacientes com doença de Parkinson é de extrema importância, porque ao contrário dos pacientes com Alzheimer, aqueles com Parkinson mantêm lucidez e compreendem sua condição, o que pode tornar a experiência mais difícil emocionalmente. Portanto, é essencial que a equipe interdisciplinar trabalhe de forma integrada para garantir o sucesso do tratamento e oferecer suporte adequado ao paciente”, informou a coordenadora
Deborah destaca que o diagnóstico precoce facilita um melhor tratamento, com a medicação correta, fazendo a reposição dopaminérgica adequada sem causar toxicidade a esses pacientes. Ela salienta que o tratamento não se limita apenas aos medicamentos, aliando à prática da fisioterapia motora contínua, terapia ocupacional e atividade física, o que ajuda na melhora do equilíbrio, parte cognitiva, força física e resgate da autonomia e autoestima. “Essas técnicas mais assertivas, impactam diretamente no benefício do tratamento dessa doença”, reiterou.
O Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson funciona na Rua Primeiro de Maio, nº 43, Centro. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e os pacientes devem ser encaminhados através de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e clínicas particulares. “Nós contamos com uma equipe interdisciplinar que atua no tratamento da doença de Parkinson, composta por neurologista, geriatra, psiquiatra, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. O foco é promover um trabalho colaborativo para oferecer o melhor cuidado aos pacientes”, finalizou.
Fonte: Secom
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