Cedae inaugura viveiro florestal em presídio de Itaperuna e amplia produção para 2,4 milhões de mudas por ano

A Cedae inaugurou, nesta quinta-feira (11/12), o oitavo viveiro florestal do programa Replantando Vida no estado do Rio. A nova unidade funciona no presídio Norberto Ferreira de Moraes, em Itaperuna, e é o terceiro viveiro instalado em uma unidade prisional. Com capacidade para produzir até 200 mil mudas nativas da Mata Atlântica por ano, o programa passa agora a alcançar 2,4 milhões de mudas anuais somando todos os berçários.

Além de Itaperuna, a companhia já mantém viveiros em Resende, na penitenciária Luis Fernandes Bandeira Duarte, e em Magé, na colônia agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos.

A escolha do Noroeste Fluminense é estratégica. Com apenas 5% de cobertura florestal e grandes áreas degradadas, a região é considerada uma das mais críticas do estado. Desde fevereiro de 2024, equipes da Cedae atuam na recuperação das bacias dos rios Pomba e Muriaé, mananciais essenciais para o abastecimento de diversos municípios e para a segurança hídrica da região.

Com o novo viveiro e duas bases florestais instaladas no Noroeste, a companhia pretende ampliar o plantio em áreas degradadas e acelerar as metas de restauração. Parte das mudas produzidas em Itaperuna será destinada a projetos externos, selecionados pelo edital contínuo “Quem Planta Floresta, Colhe Água”, disponível no site da Cedae.

Além das ações na área rural, a inauguração do viveiro também marca um movimento dentro da própria cidade. A partir das 15h, a Cedae programou um mutirão de plantio urbano, criando um corredor de ipês na Avenida Doutor Cory Pillar, no bairro Cidade Nova, principal via de Itaperuna.

“O objetivo é iniciar uma transformação no ambiente da cidade. Devido à degradação, Itaperuna tem um clima análogo ao semiárido. Levar verde para a área urbana vai ajudar a reduzir as temperaturas”, afirma Allan Borges, chefe de Gabinete e presidente do Conselho ESG da Cedae.

Ressocialização e reflorestamento de mãos dadas

O Replantando Vida é um programa socioambiental da Cedae, em parceria com a Seap, a Fundação Santa Cabrini e a Vara de Execuções Penais (VEP). A proposta é combinar sustentabilidade com responsabilidade social: promover a ressocialização pelo 

trabalho e, ao mesmo tempo, proteger mananciais que abastecem milhões de pessoas no estado.

Segundo a companhia, o projeto faz da Cedae a maior empregadora de mão de obra prisional do país. Hoje, 556 pessoas privadas de liberdade participam do programa. Em Itaperuna, mais 15 apenados vão atuar diretamente na produção das mudas, enquanto outros 40 serão mobilizados para o plantio em áreas de restauração da companhia.

“O programa vem provando que a inclusão e a sustentabilidade são pilares que caminham juntos. O Replantando reconstrói vidas, revitaliza áreas de matas ciliares e atua como proteção para nossos recursos naturais”, diz o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.

Em 24 anos de funcionamento, o Replantando Vida já plantou 4,5 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica e restaurou cerca de 2 mil hectares de áreas consideradas prioritárias para a proteção dos recursos hídricos, além de ter empregado mais de 6 mil pessoas em situação de privação de liberdade ao longo dessas duas décadas.

Fonte: Diário do Rio