Assalto a ônibus no Rio deixa feridos e destaca urgência de projeto de lei de Renan Jordy sobre botão de pânico
Um ônibus da linha 232 (Lins x Castelo) foi alvo de um assalto na manhã desta quinta-feira (3), na Rua Mariz e Barros, região da Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio. O crime deixou quatro passageiros feridos, que se jogaram do veículo em movimento na tentativa de escapar dos criminosos. As vítimas, duas mulheres e dois homens, foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e encaminhadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, com ferimentos moderados.
Segundo testemunhas, os assaltantes embarcaram em São Cristóvão e anunciaram o roubo ao chegar à Praça da Bandeira. Um deles, armado, rendeu o motorista, enquanto o outro recolhia objetos dos passageiros. Uma das vítimas foi agredida após se recusar a entregar seus pertences. O caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira) e é investigado pela Polícia Civil.
O episódio reforça a sensação de insegurança enfrentada diariamente por quem depende do transporte coletivo. A Rio Ônibus, entidade que representa as empresas do setor, voltou a cobrar ações concretas. “A insegurança a qual a população está submetida não pode ser mera estatística. Reiteramos a necessidade de providências efetivas para garantir o direito de ir e vir do cidadão”, afirmou em nota.
O incidente também reacende a discussão sobre a adoção de medidas tecnológicas nos ônibus como ferramentas de prevenção e resposta rápida. Uma dessas propostas está no Projeto de Lei nº 4921/2025, de autoria do deputado estadual Renan Jordy, que propõe a instalação obrigatória de botões de pânico silenciosos nos ônibus intermunicipais. A ideia é permitir que, em situações de ameaça, o motorista possa acionar discretamente o sistema, que informará a localização do veículo às autoridades competentes.
“O botão de pânico não evita o crime, mas permite uma reação mais rápida das forças de segurança e pode ajudar a preservar vidas”, declarou o deputado ao comentar o caso desta manhã.
O projeto, protocolado na Assembleia Legislativa no último mês, prevê que as concessionárias tenham 180 dias para se adequar às novas exigências, caso a lei seja aprovada. Em caso de descumprimento, as empresas estarão sujeitas a multa. A proposta já foi encaminhada para análise nas comissões técnicas da Alerj, incluindo as de Constituição e Justiça, Segurança Pública e Transportes.
Enquanto a discussão sobre segurança segue em pauta, episódios como o desta quinta-feira evidenciam a urgência de soluções que vão além da estatística e impactem diretamente a rotina de milhões de usuários do transporte público.
Por Gabriel Clalp.
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